Todos os meses, o corpo feminino se prepara para gerar uma nova vida. Para isso, além de liberar um óvulo que poderá ser fecundado, o útero se reveste de endométrio, uma “cama fofinha” para abrigar o bebê.
No entanto, quando a fecundação não ocorre, o corpo elimina o endométrio junto de um pouco de sangue, cerca de 4 a 6 colheres de sopa, para se preparar para um novo mês. Esse é o ciclo menstrual, processo natural que ocorre com toda mulher.
Para conter esse sangramento e evitar que ele suje a roupa, as mulheres usam absorvente de fluxo menstrual, que pode ser interno, externo, copinho coletor e até calcinha absorvente. Não existe certo ou errado, sendo que nenhum produto é melhor que o outro: tudo depende do gosto e do quanto a mulher se adapta a cada produto.
O absorvente interno, por exemplo, foi cercado por tabus durante muitos anos, mas, hoje, é parceiro de diversas meninas e mulheres em todo o mundo. Que tal entender mais sobre ele?
História
Durante muitos anos, foi preciso lançar mão de toalhinhas absorventes, dobradas em três partes, para conter o fluxo menstrual. Era necessário usar várias delas por dia, dependendo do fluxo, e as mulheres sentiam bastante vergonha até de estender as peças lavadas no varal.
Em 1890, na Alemanha, foi patenteado o primeiro absorvente descartável do mundo, chamado de Hartmann’s, comercializado em caixas com 6 unidades. Ele foi uma grande revolução no universo feminino, garantindo mais segurança e higiene.
No entanto, o produto ainda era caro e demorou a ter preço acessível em todo o mundo. Apesar de todas as vantagens do uso, o absorvente descartável era considerado grande e desconfortável. Dependendo da roupa, ele marcava bastante.
Foi pensando em garantir maior liberdade de movimento e privacidade às mulheres que, em 1933, nos Estados Unidos, foi patenteado o primeiro absorvente interno.
Tabus
Por ser inserido no canal vaginal, durante muito tempo, o absorvente interno foi considerado polêmico. Teve gente que defendia o uso, enquanto outras pessoas achavam que ele poderia romper o hímen e, com isso, “tirar” a virgindade das meninas.
Com o tempo, ficou provado que o hímen é uma membrana elástica que não se rompe com o uso do absorvente. Muitos também acreditavam que, se a cordinha do produto rompesse, ele poderia se perder no corpo.
Novamente, diversos médicos e pesquisadores vieram a público informar que isso não procede. Se a cordinha romper, a própria usuária pode remover o absorvente ou procurar o médico para que ele o faça. De qualquer forma, o produto não tem como ficar circulando pelo corpo.
Tamanhos
Cada mulher é única, por isso, há variação na intensidade do fluxo menstrual entre elas e até de um mês para o outro. Pensando nisso, as marcas de absorvente interno desenvolveram produtos para facilitar a vida feminina.
Hoje, é possível encontrar o absorvente interno com diferentes tamanhos, que vão do adolescente ao intenso, justamente pensando na variedade feminina. Também ficou fácil comprar o produto com aplicador, que facilita a hora de posicioná-lo no canal vaginal.
Infecções
Na década de 1980, começaram a surgir casos de mulheres com infecções graves e potencialmente fatais, associadas ao uso do absorvente interno. Batizado de Síndrome do Choque Tóxico, o problema é causado pela contaminação do produto e pelo uso prolongado.
O absorvente, seja interno ou externo, deve ser trocado com regularidade durante o período menstrual, não podendo ultrapassar mais de 8 horas seguidas. Hoje, as marcas também passam por processos de qualidade rigorosos para minimizar quaisquer riscos de contaminações. Se a mulher higienizar bem as mãos e trocar o item regularmente, há poucas chances de sofrer desse problema.
Texto: Gear Seo