Tendência para Turismo no futuro é delimitar zonas seguras

O Turismo é um dos setores mais afetados pela pandemia de coronavírus e deve ser um dos que mais leve tempo para se recuperar no pós-pandemia.

O “novo normal” deve delimitar áreas seguras e estimular viagens curtas após o fim das quarentenas. 

No segundo semestre, a expectativa é que as passagens de ônibus e as viagens de carro cresçam em todo o mundo. Comprar passagens da Gontijo e de outras empresas rodoviárias será uma saída para os brasileiros voltarem a viajar com mais segurança até o final do ano. 

Bolhas de viagens ganham força para a retomada do Turismo 

Centenas de países de todos os continentes estão com suas fronteiras internacionais fechadas desde o início da pandemia. A ação se mostra necessária como uma forma de conter a disseminação do novo coronavírus. 

A reabertura das fronteiras internacionais da maioria dos países é uma ação que ainda não tem previsão para acontecer. Enquanto voltar a viajar pelo mundo não é considerado seguro, os países devem criar as chamadas “bolhas de viagens” para estimular o Turismo entre si.

Abrindo suas fronteiras apenas para vizinhos próximos territorialmente, os países estariam criando zonas seguras, o que facilitaria bastante o controle da alfândega e a eficiência das medidas sanitárias no pós-pandemia.

Um exemplo disto são os territórios bálticos. Letônia, Estônia e Lituânia reabriram as fronteiras entre os países em 15 de maio. Com a medida, as nações foram as primeiras da União Europeia a voltar a permitir a entrada de estrangeiros. 

O governo da Lituânia ressaltou que o tratado pôde ser firmado entre os países porque todos já confiam na eficiência de seus sistemas de saúde. 

Dinamarca e Noruega também já abriram as fronteiras entre si. Para se ter uma ideia da bolha, ambas as nações vetaram abrir as divisas com a Suécia, país da Escandinávia que mais foi afetado pela pandemia de coronavírus. 

As bolhas de viagens devem ser cada vez mais comuns pelo mundo. Principalmente, quando as nações que fazem fronteira conseguirem reagir bem e controlar a pandemia, como nos exemplos acima. Países que foram muito afetados pelo surto de COVID-19 tendem a ser desencorajados destes acordos de reabertura.

Staycation deve aumentar no segundo semestre

O staycation é um modelo de viagem de curta distância, em que os viajantes não precisam voar e, muitas vezes, nem mesmo usarem ônibus para chegarem ao seu destino. Traduzindo para nossa cultura, o staycation são as viagens bate e volta. Essa é outra tendência do Turismo no pós-pandemia. 

Com fronteiras fechadas e bolhas de viagens, o staycation deve ser amplamente estimulado pelo setor de Turismo em todo o mundo. Estimular a excursão doméstica será uma das formas de diminuir os impactos negativos da pandemia no faturamento do setor. 

Empresas chinesas já notaram um aumento considerável nas viagens bate e volta, desde que o país começou a sua reabertura econômica. Um estudo da FGV Projetos aponta que o Turismo internacional deve demorar até 18 meses para se retomado. 

Como sugestões a uma lenta reabertura das fronteiras internacionais, o estudo indica que o redirecionamento do setor para viagens domésticas pode ajudar a diminuir o impacto financeiro negativo do coronavírus. 

Tecnologias darão o tom do novo normal no Turismo 

Outro ponto importante para o setor de Turismo é que as empresas da área terão de se adaptar ao novo normal. O uso de máscaras e álcool em gel passará a ser uma necessidade com a volta da movimentação turística. 

Hotéis devem adotar tecnologias que permitam que o cliente entre e saia do seu quarto sem usar as mãos, fazendo com que as portas se abram por reconhecimento facial ou comando de voz.

Em restaurantes, devem ser implementadas placas de acrílico para separar as mesas, passando a serem individuais. Todas essas medidas precisarão fazer parte do “novo normal” com a volta da atividade turística. 

Texto: Gear Seo