O que é Home Equity?

Você já ouviu falar em Home Equity? Trata-se de um tipo de empréstimo que, apesar de muita gente ainda não conhecer, vem crescendo cada vez mais no Brasil. Ademais, a tradução do termo podemos dizer que seria algo como ‘casa e patrimônio’.

Pois bem, ele é um tipo de empréstimo bem interessante, principalmente por possuir taxas de juros mais baixas e possibilidades de prazos maiores. Quer entender mais sobre o tema? Confira o artigo!

Home Equity: crédito com garantia de imóvel

O Home Equity é justamente um tipo de empréstimo no qual o tomador oferece seu imóvel como garantia. 

Este processo se caracteriza como a alienação fiduciária, na qual quem toma o crédito transfere o imóvel para quem está oferecendo o empréstimo, até que todas as parcelas sejam pagas. 

Quando surgiu o Home Equity?

O Home Equity também existe em outros países, e começou a ser implementado no Brasil em 2007. Até então, quem buscava empréstimo costumava utilizar o empréstimo pessoal. Porém, muita gente procurava opções com prazos mais longos e taxas de juros menores.

Foi nesta circunstância que surgiu o home equity. Com a existência de um imóvel como garantia, houve redução do risco de crédito, logo, foi possível que as instituições financeiras passassem a oferecer prazos mais longos para quitação, valores mais altos e taxas de juros mais baixas. 

Uma lei muito importante que ajudou na criação do home equity foi a 9.514, de 1997, da Alienação Fiduciária. Esta lei permitiu que operações de financiamento imobiliário fossem garantidas por:

  • Hipoteca;
  • Cessão fiduciária dos direitos creditórios de contratos de alienação;
  • A própria alienação fiduciária de imóveis;
  • Entre outras frentes. 

Ou seja, com a alienação fiduciária, permitiu-se a solicitação de bens como garantia para quitação de dívidas.

Hipoteca e Home Equity são a mesma coisa?

Muitas pessoas, quando ouvem falar de Home Equity, acabam associando à hipoteca. Porém, apesar de ambos os empréstimos oferecerem um imóvel como garantia, há uma diferença entre os termos.

Na hipoteca não há transferência do imóvel, enquanto no home equity a garantia fica sob propriedade da instituição financeira.

A hipoteca é muito comum em outros países, por exemplo, nos EUA. Por aqui ela já foi muito utilizada, porém cada vez mais, percebe-se a substituição desta modalidade pelo home equity.

Como fazer um empréstimo com garantia de imóvel?

Para pegar dinheiro emprestado com imóvel como garantia, o primeiro passo é ter um imóvel quitado ou financiado e solicitar uma proposta para alguma instituição financeira que trabalhe com este tipo de empréstimo. 

A instituição solicitará documentos do tomador e do imóvel, e, uma vez aprovado, realizará o contrato e liberará a quantia solicitada na conta corrente do tomador. O imóvel permanecerá em nome da instituição financeira até que o empréstimo seja quitado.

E não se esqueça, tanto antes de receber o empréstimo como durante o pagamento das parcelas, tenha sempre um bom planejamento financeiro para não se atrapalhar e gastar com juros e multas.

Citando um exemplo de alguém que fez um empréstimo como garantia de imóvel, mesmo não tendo um imóvel próprio, temos o José Carlos Magalhães, administrador de empresas. 

Querendo levantar recursos para investir em seu negócio, ele pediu ao seu pai, que possui uma chácara em Boituva, interior de São Paulo, para que fosse seu “fiador”. O pai de José Carlos aceitou e ele levantou a quantia necessária. 

“Meu pai acreditou no meu sonho e topou dar sua casa para que eu pudesse investir no meu negócio. Agora, com a renda adicional que minha microempresa gerará, eu pago as prestações da dívida e meu pai fica tranquilo”, diz José Carlos.

Características do home equity

Por fim, é importante reforçar que as regras do home equity acabam tendo variações entre as instituições financeiras, que acabam determinando o valor máximo e o valor mínimo do imóvel aceito como empréstimo. 

De maneira geral, o valor emprestado costuma ser de até 60% do imóvel, e o prazo de pagamento costuma chegar a 240 meses. Vale lembrar que a instituição financeira também faz uma análise do perfil do tomador. O valor das parcelas costuma chegar a até  30% da renda.

Texto: Conexão Financeira