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Mudanças nos padrões de consumo do e-commerce durante a pandemia

Há quem tenha investido em um ou outro móvel mais especial.

Da mesma forma, existem aqueles que aproveitaram as horas extras do dia para pintar paredes, pregar quadros e arrumar mobília. Tudo é válido ao criar um escritório com o seu próprio kit home office ideal.

Apesar de todos esses investimentos, móveis e artigos de escritório não foram os produtos mais vendidos pela internet nos últimos meses.

O perfil de compra, na verdade, teve mudanças muito significativas e adequadas aos tempos que vivemos.

Para saber mais sobre os artigos que têm sido comercializados durante o período de isolamento, leia o material que preparamos abaixo.

Como a quarentena mudou o perfil de compra do brasileiro na pandemia?

Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), houve aumento no consumo de produtores de saúde (111%), supermercados (80%), beleza e perfumaria (83%) entre os meses de fevereiro e março, em comparação ao ano passado.

Quando olhamos para os produtos que tiveram aumento, fica claro que a prioridade do brasileiro, no momento, é evitar o contágio pelo novo coronavírus: as vendas de álcool em gel cresceram quase 5000%.

Além disso, houve aumento no número de compras de inaladores (900%), termômetros (843%), soro fisiológico (316%) e luvas cirúrgicos (118%).

No nicho de supermercados, a tendência vai à contramão da preocupação com a saúde: hambúrgueres (283%), petiscos (173%), enlatados (166%), patês (141%) e macarrões instantâneos (68%) dominam os carrinhos virtuais.

Beleza e perfumaria

No que tange a preocupação estética, aparentemente, o brasileiro está aproveitando a quarentena para se repaginar: nutricosméticos (suplementos para queda de cabelo, fortalecimento de unhas, etc) tiveram aumento de quase 655% em fevereiro e março.

Colorações de cabelo tiveram alta de 483%. Os shampoos, por sua vez, cresceram 306% — neste caso, o que pode explicar o aumento é a necessidade de redobrar os cuidados com a higienização, inclusive, com a intensificação da frequência das lavagens capilares.

Curiosamente, até removedores de esmalte (277%), produtos pré-barba (228%), shampoos e condicionadores para cuidar dos pelos faciais masculinos (71%) têm sido comprados nos e-commerces do país. 

Eletrônicos e produtos fitness na pandemia

No mês passado, a Criteo, companhia de tecnologia, divulgou uma pesquisa acerca do desempenho de vários setores no comércio eletrônico durante o mês de abril.

O estudo é particularmente interessante porque permite ao usuário a filtragem dos resultados por data e país, para que se possa avaliar o perfil de consumo de cada nação durante a época da pandemia.

Fazendo um recorte específico, como a quarentena oficial estabelecida em São Paulo, desde o dia 24 de março, temos um grande vencedor: o setor de snacks. Salgadinhos, biscoitos e similares tiveram um aumento de 722% durante a segunda semana de abril.

Outros setores também tiveram aumento: a venda virtual de televisores teve alta de 191%, enquanto os jogos eletrônicos cresceram 315%. Roteadores e repetidores de sinal, por sua vez, tiveram aumento de 193% em relação ao ano passado.

No setor fitness, os gadgets eletrônicos também estão fazendo sucesso: pulseiras que medem batimentos cardíacos, fazem a contagem de passos e ajudam na medição de calorias tiveram aumento de 513%.

Calçados e vestuário

De acordo com artigo publicado no portal oficial do Sebrae, o varejo de moda é um dos tipos de negócios mais afetados desde o início da quarentena: a compra de peças de vestuário, para boa parte das pessoas, é considerada não-essencial.

Conforme pesquisa divulgada no portal, na primeira semana de fechamento do comércio, a queda de faturamento no setor da moda foi de 74%. Abaixo desse percentual, ficaram os setores de turismo e economia criativa, quase paralisados desde o surgimento da COVID-19.

Texto: Gear Seo