Conformidade regulatória e ética na gestão de fornecedores importam?

Garantir conformidade regulatória e ética na gestão de fornecedores é uma maneira de proteger sua empresa de diversos riscos que são inerentes a esse tipo de contratação.

Ao firmar parceria com um fornecedor, é essencial se certificar se ele cumpre com as leis e normas pertinentes ao setor de atuação e se tem comportamentos e condutas que sigam bons princípios.

Aqui estamos falando em, por exemplo, somente incluir na supply chain do seu negócio empresas fornecedoras em conformidade com leis como a LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados. 

Com isso, terá a certeza de que esse parceiro adota as medidas de segurança necessárias para proteger os dados que tramitam entre vocês e os clientes atendidos.

Outro bom exemplo é apenas contratar fornecedores que não trabalham com práticas que ferem os direitos humanos, como utilizar mão de obra infantil e/ou trabalho análogo à escravidão.

Esses cuidados evitam que a imagem da sua marca seja comprometida, que haja perda financeira, entre outros riscos relacionados.

Mas de qual maneira é possível garantir conformidade regulatória e ética na gestão de fornecedores? Siga a leitura deste artigo, confira a resposta para essa questão e outras orientações sobre esse importante tema.

O que se entende por conformidade regulatória e ética?

A conformidade regulatória pode ser definida como um processo estruturado para assegurar que uma empresa siga todas as leis e normas vigentes determinadas para seu ramo de atuação e atividades executadas.

Cada setor econômico tende a ter suas próprias legislações, mas há algumas que são comuns a todos — por exemplo, o atendimento às leis trabalhistas pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e a LGPD, que acabamos de mencionar.

Ao se manter em conformidade regulatória, a empresa evita uma série de transtornos junto aos órgãos reguladores, que podem ir desde o pagamento de multas, à citação em processos, ou até mesmo a suspensão das atividades, dependendo da gravidade.

Já a ética no meio corporativo consiste em condutas, comportamentos e hábitos que não ferem a dignidade humana e/ou bons princípios morais. 

Como exemplo, podemos citar a adoção de políticas internas que visam o combate à corrupção, ao suborno e a crimes como lavagem de dinheiro. 

O desrespeito aos direitos humanos também entra no contexto de falta de ética de uma companhia, entre outras atitudes semelhantes.

Quais riscos a ausência desses critérios pode trazer para sua empresa?

Como dissemos, garantir conformidade regulatória e ética na gestão de fornecedores é uma das maneiras de proteger seu negócio de uma série de riscos. Alguns dos que podemos citar relacionados a esses dois conceitos, são:

Risco reputacional e de imagem

Ocorre quando o nome da sua empresa é vinculado ao de outra que executa práticas ilícitas que não são aceitas pela sociedade.

Risco financeiro

Decorrente da perda de clientes que migram para concorrentes com atuações mais alinhadas aos seus propósitos, por perda de investidores pelo mesmo motivo, ou decorrente do pagamento de multas aplicadas por órgãos fiscalizadores.

Risco jurídico

Acontece quando sua empresa é citada em processos sofridos pelos fornecedores, ou quando sofre um processo direto pelo fato de a justiça entender que seu negócio foi conivente com posturas ilegais.

Risco de desabastecimento

Se a empresa fornecedora sofrer sanções aplicadas pelos órgãos fiscalizadores que interrompem suas atividades, impedindo-a de cumprir com o volume de entrega firmado no contrato que fecharam.

Risco ambiental

Situação na qual o fornecedor não cumpre leis e normas voltadas para o meio ambiente e o reflexo das suas atividades reflete negativamente na sua empresa.

Como garantir conformidade regulatória e ética na gestão de fornecedores?

Um dos primeiros passos para garantir conformidade regulatória e ética na gestão de fornecedores é trazer o conceito ESG para esse gerenciamento — sigla para o termos em inglês environmental, social and governance, que traduzindo para o português significam, respectivamente, ambiental, social e governança. 

ESG é um princípio que chama a atenção das empresas para quanto suas atividades afetam esses três pilares.

O objetivo com essa percepção mais apurada é fazer com que definam e adotem medidas que ajudem a reduzir, ou mesmo eliminar, esses impactos.

Entretanto, não basta que apenas o seu negócio siga boas práticas ESG. Para que esse conceito esteja realmente inserido na sua companhia, é fundamental que os fornecedores se mantenham alinhados a ele.

Relação entre ESG, conformidade regulatória e ética

Esses três conceitos se relacionam porque no ESG há uma série de práticas compatíveis com conformidade regulatória e ética. 

Por exemplo, a obtenção de licenças ambientais para funcionamento de um negócio está diretamente ligada ao pilar E (environmental/ambiental) dessa sigla. 

  • Pilar S (social): atendimento aos direitos humanos;
  • Pilar S (social): garantia de segurança de dados;
  • Pilar S (social): cumprimento das leis trabalhistas;
  • Pilar G (governança): implementação de políticas internas de transparência;
  • Pilar G (governança): definição de responsabilidades fiscais;
  • Pilar G (governança): posturas éticas de combate a diversos crimes.

Esses conceitos se relacionam porque no ESG há uma série de práticas compatíveis com conformidade regulatória e ética.

A obtenção de licenças ambientais exemplifica a conexão direta entre o ESG e a conformidade regulatória, especificamente no aspecto ambiental. 

Como a tecnologia ajuda na adequação a esses pilares?

A tecnologia ajuda na adequação dos pilares ESG e a garantir conformidade regulatória e ética, principalmente quando é utilizado um bom software de gestão de fornecedores.

Dependendo do sistema contratado, é possível verificar automaticamente os riscos ESG gerados pelas empresas fornecedoras, avaliar documentações e certidões, fazer todo o processo de homologação e onboarding e mais.

Quando a tecnologia é usada para avaliar documentos de empresas fornecedoras, esse processo é feito em bem menos tempo, de maneira muito mais eficiente e prática.

Em outras palavras, a ideia por trás do uso de sistemas de gestão de fornecedores é transformar tarefas manuais e automáticas, contribuindo para aumentar a produtividade dos profissionais e diminuir as chances de falhas nesse gerenciamento que podem elevar os riscos dessa contratação.

Este artigo foi escrito pela Linkana, a primeira fundação de dados de fornecedores compartilhada do Brasil. Nossa base de dados de perfis universais de fornecedores permite que compradores busquem, analisem e homologuem fornecedores em alguns cliques!