Tudo que você precisa saber sobre o Fies

Nesta sexta-feira (10), encerram as inscrições para o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

O programa do Governo Federal oferece financiamentos parciais ou integrais em instituições de ensino superior privadas com base na nota do Enem.

Você já considerou a opção de realizar a sua graduação com algum auxílio financeiro?

Além de uma necessidade para muitos, essa pode ser uma alternativa até mesmo para aqueles que teriam condições financeiras para o pagamento integral de suas mensalidades, mas que mesmo assim decidem estudar dessa forma.

Afinal, tanto a aquisição de conhecimento quanto os gastos monetários podem ser vistos como investimentos. Nesse sentido, pode valer a pena colocar na ponta do lápis os seus objetivos, possibilidades e necessidades.

Por exemplo, você pode se questionar se seria mais vantajoso pagar o valor integral das mensalidades da sua faculdade enquanto estuda e sair sem dívidas.

Ou se outra opção, como pagar metade e investir a outra metade, traria rendimentos suficientes para compensar a decisão. Quem sabe você decidiu estudar dois cursos ao mesmo tempo para acelerar sua formação e busca uma forma de arcar com os custos totais?

Sejam quais forem os motivos da decisão que você tomou agora para o seu futuro acadêmico, tenha você saído do ensino médio agora ou esteja voltando a estudar depois de algum tempo.

Isso porque opções como ProUni, Fies, créditos estudantis e financiamentos privados estão à sua disposição para escolher a melhor opção para a sua vida e crescimento.

Criado pelo Ministério da Educação do Brasil, o Fies, como dito, é destinado a financiar a graduação, isto é, educação de nível superior, a estudantes que tenham matrícula em universidades particulares.

Caso você esteja cogitando o Fies, é preciso correr e realizar a inscrição no Portal de Acesso Único do Governo Federal e seguir as instruções da plataforma.

O resultado será divulgado no dia 14 de março, constituído de chamada única e de lista de espera. Ao total, são 67.301 vagas em 1.389 instituições de ensino superior privadas.

O que é e como funciona o Fies?

Fundado em 1999, o Fies é uma reformulação do antigo Programa de Crédito Educativo (Creduc), iniciado em 1975.

Ao longo de seus mais de 20 anos de existência, já beneficiou cerca de 3,2 milhões de pessoas, que tiveram oportunidades expandidas devido ao acesso à educação.

Em 2010, foi feita uma grande ampliação do fundo, porém essa não foi a versão final. De lá para cá, mudanças e atualizações foram feitas. É por isso que a versão atual, aquela chamada de ‘Novo Fies’, é a vigente desde 2018.

Veja as atuais modalidades do programa: 

Modalidade Fies I

Essa modalidade conta com financiamentos integrais com pagamento das mensalidades apenas após a conclusão do curso. Ela é aberta para estudantes do Brasil inteiro que tenham renda familiar per capita de até três salários mínimos e tem juros zero.

Modalidade Fies II

Esses são financiamentos parciais, ou seja, parte do pagamento das mensalidades ocorre durante o curso e o restante apenas após a sua conclusão.

As taxas de juros podem variar conforme o banco, então fique atento. A renda familiar para essa modalidade deve ser de até cinco salários-mínimos (per capita) e atende estudantes das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

Modalidade Fies III 

Por último, mas não menos importante, essa modalidade é apenas para financiamentos parciais, com taxas de juros que também variam conforme o banco.

A renda familiar para essa modalidade é de até cinco salários-mínimos per capita e atende estudantes do Brasil inteiro.

Consequências do Novo Fies

Muitas pessoas podem ficar com dúvidas sobre esse novo sistema que será implementado, então trouxemos os principais pontos que serão alterados para você ficar por dentro de todas as mudanças.

Fim do período de carência

O candidato precisa ficar atento a algumas informações para se planejar financeiramente e evitar dívidas com o Fies. Com as atualizações, o período de carência deixou de existir, ou seja, não existe mais o período de 18 meses sem pagar depois de concluir a graduação.

Agora, os pagamentos dos valores financiados pelo programa começam imediatamente após a conclusão do curso.

Algumas questões não afetam as cobranças, como:

  • Emprego;
  • Desemprego;
  • Colação de grau;
  • Liberação do diploma.

Caso o concluinte não tenha fonte de renda, o financiamento deve ser quitado em prestações mensais equivalentes ao pagamento mínimo.

Alta taxa de rejeição

Devido aos altos índices de inadimplência, ou seja, o não pagamento das dívidas, o Governo Federal precisou tomar medidas para manter a existência do programa.

Uma delas foi a da divisão de diferentes modalidades, como explicadas acima, que passaram a priorizar a concessão de financiamentos integrais e sem juros para aqueles que mais precisam.

No entanto, o fato das análises de crédito, concessão de contratos e definição de taxa de juros para as outras duas modalidades ficarem de responsabilidade de bancos federais trouxe um alto número de rejeição.

Isso ocorre principalmente graças à rigorosa análise de crédito realizada pelos bancos que buscam diminuir ao máximo o risco da mesma inadimplência encontrada pelos cofres públicos.

Para visualizarmos em questão de números, na edição de 2018/1, a primeira após as mudanças no Fies, apenas 800 de um total de 133.104 mil inscritos chegaram a assinar seus contratos. Essa é uma taxa de concessão de apenas 0,000601%.

Você pode acessar o GUIA COMPLETO FIES 2023 se você tem alguma dúvida sobre inscrição do Fies, requisitos, estudos, concomitância com outros auxílios financeiros e afins, baixar o e-book gratuito, onde serão sanadas essas e outras dúvidas.

Alternativas para além do financiamento

Ser reprovado no Fies não significa o fim da linha para os estudos. Há outras opções disponíveis no mercado, como o crédito estudantil. Dessa forma, o estudante realiza o sonho do diploma com as mensalidades da faculdade parceladas e tranquilidade financeira.