O ano de 2020 tem sido desafiador para quem é dono de startups. A instabilidade econômica que já era prevista aumentou ainda mais por conta da crise do coronavírus.
Alguns setores tiveram suas atividades drasticamente reduzidas e empresas de pequeno e médio porte precisaram fazer cortes emergenciais, sem contar as que tiveram que parar tudo.
Ainda assim, determinadas áreas conseguiram encontrar oportunidades e estão crescendo em alta velocidade em tempos de quarentena e isolamento social. Confira quais segmentos e tipos de startups que enxergaram uma chance de se firmar em meio à crise.
Serviços de streaming
Ficar mais tempo dentro de casa exige criatividade para driblar o tédio e a ansiedade. Com o uso da tecnologia, muitas pessoas têm ficado mais tempo on-line, utilizando os serviços de streaming nos computadores e smartphones.
Entre os nichos que mais se popularizaram nas últimas semanas estão os de filmes, séries e até transmissões ao vivo, em plataformas como Instagram e Facebook, de shows com artistas conhecidos.
Um exemplo de sucesso foi a live da cantora sertaneja Marília Mendonça, que bateu o recorde mundial de espectadores no YouTube, com 3.3 milhões de pessoas acompanhando a performance.
Saúde mental
Cuidar de si mesmo é uma tarefa importante em tempos de isolamento social. Longe do contato com amigos e familiares, as pessoas tendem a se sentir instáveis mentalmente, o que leva a um mal-estar e, em casos mais sérios, depressão e outras doenças.
Por isso mesmo, empresas que oferecem serviços de saúde no ambiente virtual estão se adaptando ao momento para atender o público que tem buscado mais apoio psicológico em meio à pandemia.
Os psicólogos fazem as sessões por meio de vídeochamadas com os pacientes, que pagam as consultas por meio do cartão de crédito.
Um dos cases de sucesso é o da startup Vittude, que viu sua demanda aumentar tanto, já são mais de 60 mil pacientes e 4,5 mil psicólogos, que disponibilizou uma modalidade acessível de tratamento.
O Diário da Quarentena, como é conhecido, permite que a pessoa pague R$ 20 por 50 minutos de consulta.
Ensino à distância
Para evitar o contágio do coronavírus, as aulas presenciais em escolas, universidades e centros de cursos técnicos foram remanejadas para o ambiente virtual.
A modalidade já apontava crescimento desde 2016, quando, segundo o Censo da Educação Superior, as matrículas em cursos EAD vêm subindo com mais de 5% ao ano.
Com a impossibilidade de frequentar as salas de aula presenciais, muitos centros de ensino disponibilizaram cursos inteiros que podem ser acessados gratuitamente via Internet. São milhares de opções que abrangem desde gestão corporativa, empreendimento, programação, entre outras áreas.
Alimentação
Muitos empresários do setor de alimentação viram o coronavírus como uma ameaça à continuidade das atividades pela falta de estrutura, além do atendimento físico. Governos estaduais impuseram a proibição de servir clientes por meio da modalidade presencial e muitos precisaram se adaptar para sobreviver.
Restaurantes, padarias e lanchonetes que adotaram o delivery para fazer seus produtos chegarem aos clientes sentiram uma mudança menor na demanda de atendimento e estão atravessando o momento com relativa tranquilidade.
Com a entrega em casa, os empregadores conseguem se sustentar, manter boa parte do quadro de funcionários e seguir com as atividades.
Entregas e logística
Relacionado ao último tópico apresentado e outras diversas áreas, o segmento de entregas e logística vê uma tendência das pessoas utilizarem mais esse tipo de serviço.
Seja para pedir comidas, remédios, fazer compras ou até transportar documentos, ciclistas e motoboys tendem a ser mais requisitados em tempos de pandemia.
Segundo dados da plataforma Coresight Research, 74,6% das pessoas que utilizam a Internet nos Estados Unidos pretendem evitar shoppings centers e, desse número, mais da metade ficará longe das lojas em geral.
Isso indica uma tendência mundial de oportunidades, considerando o cenário para quem presta serviços de transporte.
Texto: Gear Seo