5 Tendências para o varejo online até 2021

Estamos passando por um grande crescimento do comércio digital. Quem está no meio percebe. A alta deve continuar pelos próximos anos e será uma das tendências para o varejo online, de acordo com pesquisa realizada pela Forrester Research a pedido do Google em 2017.

O levantamento mostrou que, em 2021, a expectativa é de que o Brasil terá 67 milhões de clientes na web.

Nesses dois anos desde a pesquisa, a realidade mostra que o varejo está realmente indo nessa direção. Se antes comprava-se uma coisa ou outra pela internet, hoje a gente sabe que pode resolver quase tudo ali. Por isso, se você já tem um e-commerce (ou se tem planos para criar um) atenção a essas 5 tendências do varejo online até 2021.

  1. Mais gente comprando online 

Segundo o levantamento, as vendas de varejo online irão dobrar, em um crescimento médio anual de 12,4%. Isso aumentará o impacto do varejo online em relação a todas as vendas, passando a representar 42% do total de vendas varejistas do mundo, ou seja, R$ 365 bilhões anuais (desconsiderando o mercado de alimentos e bebidas).

Isso é enorme! Significa que quase metade de tudo que é vendido no varejo será feito pelo e-commerce. Muita gente ainda irá estrear na internet fazendo sua primeira compra online: 27 milhões no Brasil até 2021, totalizando 67,4 milhões de consumidores online em dois anos.

  1. Roupas esportivas, livros, roupas e beleza: categorias em alta

Na pesquisa foram avaliadas 14 categorias do varejo: roupas e acessórios, calçados, móveis, beleza e cosméticos, livros, eletroportáteis, eletrodomésticos, artigos e roupas esportivas, roupas femininas, televisores, computadores e periféricos, equipamentos de áudio e vídeo, tablets, smartphones, alimentos e bebidas.

Nessa avaliação alguns setores se mostraram mais promissores: artigos e roupas esportivas, assim como livros, devem crescer 17% enquanto roupas e beleza, 15%. O que isso diz para nós?

A compra pela internet facilita a comparação de preços e ofertas. Assim, na medida em que o consumidor brasileiro se torna mais habituado a comprar pela internet, mais ele tende a comprar nessas categorias que são mais fáceis de comparar.

  1. A hora e a vez dos smartphones e tablets

Não é novidade que o comércio mobile tem ganhado cada vez mais espaço, não é mesmo? Hoje, 30% dos internautas só usa a internet pelos dispositivos móveis. E a tendência é de mais crescimento, variando entre a compra de um óleo essencial, uma blusa feminina de crepe e os mais diferentes tipos de produtos.

Em 2021, a expectativa é de que a participação do celular nas vendas represente 41%, correspondendo a R$ 35 bilhões, o que irá impulsionar os investimentos em iniciativas com foco em mobile.

  1. Cliente multiplataforma

A experiência multicanal, principalmente no Brasil, é decisiva para a compra. Sabe o que isso significa? Que os clientes que interagem no site, aplicativos e espaço físico simultaneamente acabam gastando 40% a mais do que os restritos a apenas uma das plataformas. 

Se você é empreendedor e está pensando em maneiras de atrair esse novo consumidor, invista em iniciativas omnichannel, nas quais há a integração entre o online e o offline, para o aumento de competitividade.

  1. Nova configuração do varejo online

O varejo online também vem mudando sua configuração e uma das mais notáveis é o aumento dos marketplaces, que são sites que agregam em si diversos vendedores de todos os tipos, como Mercado Livre, E-bay ou Aliexpress.

Muitas lojas que vendiam apenas uma categoria acabaram se tornando marketplaces, como é o caso da Amazon. A empresa, que começou vendendo livros pela internet, hoje vende quase tudo e concentra mais de 43% de todo o e-commerce americano.

Além disso, o consumidor também mudou e hoje ele acredita muito mais nesse mercado digital. Ele está menos hesitante na hora de fazer compras online, pois confia na segurança de seus dados, sabe que o produto vai ser entregue e crê na veracidade nas informações prestadas pelo vendedor.

Em vez de a internet se mostrar para ele como um campo minado, ela tem se formado como um espaço tão confiável quanto o físico. Além disso, um número maior de consumidores ativos têm acesso à internet. 

Os números do e-commerce no Brasil 

De acordo com a 40ª edição da pesquisa Webshoppers (2019), feita pela Ebit em parceria com a Elo, o Brasil é o país com maior faturamento entre os da América Latina: 36% da população é digital buyer.

Além disso, em 2018 o e-commerce no Brasil teve um faturamento de R$ 133 bilhões, uma alta de 18% em relação a 2017. Confira mais alguns dados do nosso e-commerce no primeiro semestre deste ano: 

  • Crescimento de 12% pelo segundo semestre consecutivo, com faturamento de R$ 26,4 bilhões;
  • 5,3 milhões de consumidores fizeram a sua primeira compra online, o que representa 18,1% do total no período;
  • Faturamento de R$ 9,6 bilhões nas vendas mobile, um aumento de 43% em relação ao mesmo período do ano passado;
  • O primeiro motivador para compra são sites de busca (25%), seguidos de redes sociais (19%);
  • 80% dos consumidores que compram por indicações de redes sociais se mostraram satisfeitos em relação ao preço e foram os que mais elogiaram a compra. 

O consumidor é sempre um desafio interessante para o empreendedor. Afinal, se a nossa sociedade muda com o passar dos anos, isso naturalmente influencia o comportamento de compra e as necessidades de consumo. E o que sabemos do consumidor atual é que ele é exigente e demanda uma experiência cada vez mais simples, fácil e rápida.

Assim, desde a  intenção de compra até o pós-venda, a experiência do consumidor impacta sua relação com a marca. E com o novo mix de categorias e novos consumidores acessando o canal, é preciso entender quais produtos trabalhar no online.

Com tudo isso em mente e lembrando que o digital tem muito futuro, é preciso acompanhar as tendências para o varejo online para que seu e-commerce não fique para trás e, mais do que isso, é preciso saber como atrair clientes para sua loja virtual, afinal um e-commerce conectado com o mundo e sem consumidores não adianta, não é mesmo?

Texto produzido por Linking Sites