O Holding Familiar funciona como um tipo de controle de patrimônio, que fica cada vez mais conhecido no mercado.
Porém, ainda existem uma série de perguntas que cercam a temática e que podem fazer você ter uma visão errado sobre o assunto.
Pensando nisso, aqui você vai descobrir o que precisa saber sobre o tema para ser capaz de evitar uma série de problemas futuros.
Boa leitura!
O que é Holding Familiar?
Antes de mais nada, você precisa ter em mente que holding familiar é o controle do patrimônio de uma ou mais famílias.
Com base nisso, o controle funciona através de um modelo que reúne os ativos familiares dentro de uma mesma empresa.
Ou seja, todas as decisões tomadas referentes ao patrimônio familiar são feitas de acordo com um tipo de organização, envolvendo os representantes legais.
Assim, toda a administração do patrimônio não fica sob a responsabilidade de uma única pessoa ou casal, mas sim de um conjunto de indivíduos.
É importante destacar ainda que esse tipo de organização de bens de direito é mais comum quando a família tem algum tipo de bem patrimonial mundial, como uma empresa.
Afinal, nesses casos, qualquer tipo de decisão pode impactar a família toda e até outras pessoas.
Um exemplo de holding familiar é a Walmart, que segue o modelo e tem mais de dois milhões de funcionários e onze mil lojas.
Lembrando que está presente praticamente no mundo todo.
Agora, imagina se uma única pessoa fosse responsável por tomar conta de todo o patrimônio da empresa?
Seria quase impossível lidar com todas as questões diárias que surgem e ainda se manter no mercado.
Nesse modelo de gestão, é possível encontrar dois tipos de atuação:
- Mista: voltada para a administração de negócios ou detentora de cotas;
- Pura: voltada para a administração de patrimônio ou detentora de empresas.
Um exemplo de holding pura é a J&F Investimentos, tem empresas como a Canal Rural, Banco Original, Flora e JBS.
Existem ainda outras empresas que seguem esse modelo, como a Globo, Itaú Unibanco, Petrobras, Itaú sa, Bradesco chamada de Bradespar e as empresas do Eike Batista.
Porque o holding familiar é tão comum?
Ainda que alguns nunca tenham ouvido o termo antes, esse tipo de administração é bastante comum no mercado.
Geralmente, o principal motivo para isso inclui evitar que os bens sejam listados em processos, o que poderia significar a perda.
Por exemplo, suponha que você administre todo o patrimônio da família, mas acabe envolvido em algum tipo de processo na Justiça.
É possível que todos os bens sejam paralisados até segunda ordem, o que pode significar o fechamento de empresas e muitos outros prejuízos.
Ao mesmo tempo, visa a preservação dos bens para garantir a sucessão do patrimônio familiar.
Isso porque, ocorre uma redução nas cargas tributárias, elisão fiscal e outras vantagens financeiras.
Benefícios deste modelo administrativo
Diante do conceito de holding familiar, surge a dúvida de como exatamente isso pode ser bom para os negócios.
Em síntese, a elisão fiscal e redução de taxas permite que a lucratividade seja maior e ainda que tudo esteja dentro da lei, sem correr nenhum tipo de risco.
Além disso, protege os patrimônios familiares diante de qualquer problema com um dos membros, evitando processos, e ainda conflitos familiares.
Afinal, grande parte dos problemas em famílias ricas ou que possuem algum bem é referente a quem vai ficar com a herança, e a holding familiar é uma das melhores formas de planejamento sucessório.
Dessa maneira, é garantida a continuidade para as gerações futuras e estabilidade financeira para todos, sem prejudicar ou beneficiar uma das partes.
No caso das empresas, isso também permite que um grupo ou família seja visto pelo público com uma única identidade.
Assim, a imagem do negócio fortalece, melhorando e alavancando o poder de mercado.
Existem outras vantagens como:
- Evita a perda de bens devido a falecimentos, entrada de terceiros e alienações;
- Centraliza o poder nos bens e não nos familiares;
- Melhora o relacionamento com os investidores;
- Incentiva a alavancagem financeira;
- Garante um planejamento sucessório eficiente, etc.
Holding familiar tem alguma desvantagem?
Bom, ainda que sejam raros, nem sempre vale a pena criar uma holding familiar, é possível que as coisas não aconteçam como o planejado para a administração.
Nesses casos, os problemas que podem ocorrer incluem uma exploração das filiais, manipulação de informações, desvio de poder e fraudes.
Geralmente isso acontece porque a organização escolhida para controle não foi a melhor ou mesmo porque alguma coisa aconteceu durante o percurso de tomada de decisões.
Por outro lado, é possível evitar esse tipo de problema através de uma boa empresa de consultoria.
Ao mesmo tempo, é preciso analisar os valores de tributos, efeitos da mudança, previsão de ganhos e o que isso significa financeiramente.
Em outras palavras, é preciso definir exatamente como as coisas vão funcionar e elaborar um plano de negócios, seguido pelo contrato social.
Também é interessante pensar como será a gestão e retorno para os sócios, para que todas as partes entrem em um acordo e torne tudo mais simples.
Vale destacar que a principal gestão da holding familiar fica com um número maior de cotas.
Essas cotas precisam ser dadas aos herdeiros vivos, mesmo que ele continue lucrando, já que a doação da cota é feita com reserva de usufruto vitalício.
Em termos simples, ele pode continuar lucrando, mas não pode vender a cota.
Importante
A holding familiar se baseia no controle de bens de uma ou mais pessoas de uma mesma família.
Já quando é feito o controle de patrimônios de pessoas diferentes, não sendo de uma mesma família, dá-se o nome de holding patrimonial.
Portanto, esse modelo é mais comum para gerir negócios que envolve sócios que atuam em uma mesma empresa, por exemplo.
Desse modo, é possível realizar a integração do capital e bens, semelhante ao processo de holding aqui citado.
Por fim, você ainda tem alguma dúvida ou gostaria de saber mais sobre o tema?
Comenta aqui embaixo para que eu possa ajudar você ou compartilhe a sua experiência com esse modelo de administração de bens e negócios.
Grande abraço e nos vemos no próximo post!