Como a tecnologia está impactando brinquedos infantis

Bonecas, carrinhos, bicicletas e jogos de tabuleiro costumavam ser a base da infância, mas como a tecnologia está impactando brinquedos infantis? 

Por mais que brinquedos ainda sejam importantes e muito procurados pelos pais em loja de brinquedos educativos, por exemplo, mais crianças crescem com uma infinidade de atividades virtuais.

À medida em que isso acontece, os especialistas em desenvolvimento infantil se preocupam com o declínio das brincadeiras tradicionais. 

As brincadeiras clássicas promovem interações que aumentam o vocabulário, nutrem as relações entre pais e filhos, e estimulam habilidades sociais e criatividade. Brincar ajuda a desenvolver cérebros jovens. 

Porém, os dispositivos móveis estão se tornando uma parte quase inevitável do mundo das crianças. Para que você tenha uma noção, segundo um levantamento, crianças passam cerca de horas na plataforma do YouTube.

Na última década, vimos um mundo totalmente novo de imersão nos jogos. Em tempos com mudanças tão rápidas, o que mais podemos esperar do futuro? Para saber mais sobre como a tecnologia está impactando brinquedos infantis, continue a leitura!

O real impacto da tecnologia nos brinquedos infantis 

Aqui está uma lista com as principais diferenças entre os tipos de jogos e brinquedos clássicos e os tecnológicos, e por que os pais e especialistas devem prestar atenção: 

1 – Autonomia das crianças

Em jogos digitais, o designer do aplicativo está no controle. Muitos aplicativos e jogos são simples, quebra-cabeças de causa e efeito ou corridas com uma programação que restringe o comportamento das crianças. 

Eles têm um design de “ciclo fechado”, que decide para as crianças o que farão em seguida, em vez de deixar o cérebro delas assumir a liderança. 

O design por trás de grande parte da tecnologia digital infantil não suportam a autonomia e a interação de pais e filhos que as brincadeiras e brinquedos tradicionais permitem. 

Outra parte da autonomia é aprender autocontrole. No entanto, muitos pais estão usando dispositivos móveis para manter os filhos sentados à mesa de jantar, calmos durante breves passeios de carro ou para colocá-los na cama. 

Esses hábitos podem inibir sua capacidade de aprender como auto regular emoções e ser contraproducentes quando se trata de um bom sono. 

Por outro lado, a brincadeira não estruturada coloca a criança no controle. A autonomia e o controle estão no cerne da brincadeira não estruturada. A criança pensa no que fazer, como fazer e o que fazer quando as coisas não derem certo. 

É neste momento que a imaginação realmente permite que uma criança vá além de velhas ideias e crie novas, lide com sentimentos fortes e descubra as coisas por si mesma. 

2 – Ligando as crianças de maneiras diferentes

Enquanto os jogos digitais lidam com a autonomia, as brincadeiras tradicionais chamam a atenção. 

Em alguns aplicativos e jogos, há tantos aprimoramentos interativos exagerados que as crianças prestam atenção principalmente nesses recursos interessantes, em vez de entender o conceito que o aplicativo estava tentando ensinar. 

Mas pode ser difícil rastrear os aplicativos apropriados. Infelizmente, é possível encontrar aplicativos e jogos comercializados para crianças que vêm com um rótulo “educacional” enganoso, que talvez não merecessem. 

Com isso, os mundos natural e social raramente serão tão atraentes para as crianças quanto os jogos online, que são artificialmente projetados para ser o que os fabricantes desejam. 

Os brinquedos e brincadeiras tradicionais permitem que a criança determine para onde ela quer direcionar sua atenção e pense com clareza, sem distrações artificiais. 

3 – Recompensas externas vs. internas

Aplicativos e jogos oferecem muitas recompensas externas, como tokens, “doces”, brinquedos virtuais ou cofrinhos sempre que as crianças acertam uma resposta. 

Isso é intencional, porque os designers sabem que as crianças são movidas por recompensas. Isso pode ser muito problemático, já que as crianças podem se concentrar demais em consumir e coletar recompensas. 

Esse tipo de design digital, conhecido como design persuasivo, é uma estratégia usada para envolver os usuários ao máximo possível. 

Portanto, é importante que os pais entendam esse tipo de design complicado e como ele é impróprio para crianças e adolescentes que são tão suscetíveis a um feedback social. 

Não queremos que as crianças vejam as brincadeiras apenas como uma coleção e armazenamento de coisas virtuais. 

Conclusão

A brincadeira social, que pode ser realizada com jogos e brinquedos tradicionais, cria espaço para que várias pessoas possam participar. 

Com isso, é possível que as crianças tenham mais interações de um lado para outro e vejam os rostos e emoções umas das outras. 

Além disso, elas oferecem diversos outros benefícios importantes para corpo e mente das crianças. Os pais estão acostumados a brincar com brinquedos, porque provavelmente cresceram com eles. 

Eles têm seus momentos de conexão mais forte e se sentem eficazes com seus filhos quando estão brincando com brinquedos que envolvem toda a família. Por esse motivo, é muito importante que os pais estejam atentos ao uso em excesso de jogos e aplicativos. 

Os brinquedos tradicionais ainda são extremamente importantes, como os educativos, por exemplo. 

Gostou do conteúdo? Esperamos que sim e que agora esteja muito mais claro para você como a tecnologia está impactando brinquedos infantis!